Opel recusa ter alterado emissões

A Opel recusa aceitar as alegações que dão conta de fraude nas emissões dos seus veículos e já confirmou o envio de documentação para o Ministério dos Transportes alemão que tem como objectivo dissipar as dúvidas existentes acerca da tecnologia dos seus motores.

"Vamos continuar o diálogo construtivo com as autoridades e vamos responder a todas as questões que elas ainda tenham", declarou a Opel em comunicado. "Estamos convencidos de que os nossos motores cumprem os requisitos legais" e que "as acusações reflectem uma interpretação errada de como os motores diesel funcionam".

A marca germânica, que pertence ao grupo General Motors, negou ainda estar a usar software ilegal, na sequência de uma acusação feita pela revista alemã "Spiegel". A referida publicação, deu esta sexta-feira conta que o software do motor da Opel indica um comportamento muito semelhante aos diesel manipulados pela Volkswagen, que eram capazes de detectar quando as suas emissões estavam a ser testadas e só nessa altura eram activados todos os controlos. Esta reportagem cita uma análise feita por um especialista em computadores e "hacker" Felix Domke.

Ainda assim, e apesar das acusações, a Opel reiterou que estas alegações não têm fundamento e sustentação. "Não temos nenhum software capaz de reconhecer se o veículo está a ter as suas emissões testadas", afirmou a marca.

Recorde-se que o escândalo das emissões começou com a Volkswagen, que no passado mês de Setembro admitiu ter instalado software para "falsificar" os testes de poluição em mais de 11 milhões de veículos em todo o mundo.

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